1 de mar. de 2011

Mononucleose - doença do beijo

Carnaval chegando e os órgão de saúde logo divulgam as campanhas de incentivo ao uso das camisinhas - ainda de carona com o estrondoso sucesso de “vou não, quero não, posso não...”. Embora seja uma excelente proposta de prevenção às DSTs, o Ministério da Saúde se torna omisso em não enfatizar os perigos recorrentes de outras doenças durante as festividades do Rei Momo (viroses respiratórias, conjuntivites, hepatites; p. ex.) e do uso abusivo de algumas substâncias (principalmente do álcool, energético e sua associação). 



Uma outra doença ainda pouco conhecida pela população, mas que tem apresentado um número progressivo de casos é a mononucleose (ou doença do beijo). Embalados no hit musical 

“Já beijei um já beijei dois já beijei três
Hoje eu já beijei e vou beijar mais uma vez” 

os foliões pouco sabem dos riscos envolvidos numa aparente brincadeira inofensiva. É interessante ressaltarmos também que, dependendo de sua fase, a sífilis pode ser passada através da saliva.

Então, para esclarecimento breve aos beijoqueiros:

CONCEITO: A mononucleose infecciosa (MI) clássica  é causada por um vírus denominado Epstein-Barr (EBV), da família Herpesviridae, transmitido pela saliva contaminada num contato íntimo entre as pessoas. Doença que atualmente se considera como entidade nosológica individualizada, de baixa morbidade e letalidade, com grande polimorfismo clínico, mas essencialmente caracterizada por manifestações infecciosas agudas e benignas, enfartamentos ganglionares, frequente comprometimento orofaríngeo, aos quais podem associar a esplenomegalia, icterícia, exatemas e outras exteriorizações mais raras; são muito significativo o quadro sanguíneo de linfocitose, com numerosas e constantes atipias linfocitárias, e a presença habitual de anticorpos heterófilos no sangue.

QUADRO CLÍNICO: A febre é manifestação constante. A doença, de hábito, se inicia com as manifestações subjetivas e objetivas da hipertemia: mal estar generalizado; vagas dores ósseas, articulares e musculares; cefaléia, às vezes muito intensa e de sede variável; sudorese profusa; vagas pertubações respiratórias e digestivas; gânglios palpáveis; dor de garganta e disfagia.

EVOLUÇÃO: Em tese, a MI é moléstia benigna, de prognóstico favorável, e que, após uma fase aguda e períodos de convalescença de durações variáveis (1 a 3 ou 4 semanas, às vezes mais), evolui habitualmente para a cura, tida em geral como integral, clínica e funcionalmente.

TRATAMENTO: Repouso relativo por cerca de três semanas. Não existe nenhum medicamento específico. Uso de medicamentos para alívio dos sintomas.

E para nunca perder a festa: beba muita água e sucos naturais; faça uma alimentação equilibrada (rica em diversas cores); use protetor solar e roupas leves.

Boa folia! 

Autor: João Emanuel 


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